TEXTO: II Reis 20:12 Nesse tempo, Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei da Babilônia, enviou cartas e um presente a Ezequias, porque soube que estivera doente.
13 Ezequias se agradou dos mensageiros e lhes mostrou toda a casa do seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, os óleos finos, o seu arsenal e tudo quanto se achava nos seus tesouros; nenhuma coisa houve, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio que Ezequias não lhes mostrasse.
14 Então, Isaías, o profeta, veio ao rei Ezequias e lhe disse: Que foi que aqueles homens disseram e donde vieram a ti? Respondeu Ezequias: De uma terra longínqua vieram, da Babilônia.
15 Perguntou ele: Que viram em tua casa? Respondeu Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse.
16 Então, disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do SENHOR:
17 Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR.
18 Dos teus próprios filhos, que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babilônia.
19 Então, disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do SENHOR que disseste. Pois pensava: Haverá paz e segurança em meus dias.
CONTEXTO...
O texto de hoje está inserido no contexto dos livros de reis.
O primeiro e o segundo livro dois Reis também apresentam o SENHOR JESUS CRISTO como Nosso REI.
Estes são os dois livros de história mais importantes do mundo.
Nestes livros aprendemos a história de Judá e Israel sob os reis.
Apesar de governarem muitos reis de caráter reto, a história da maior parte deles é a de governos maus e iníquos.
O primeiro e o segundo livro dos Reis são a continuação dos livros de Samuel.
Como o nome sugere, registram os acontecimentos e as características dos reinados de Salomão e dos reis de Judá e Israel, desde a morte de Davi até o final do reino de Judá e a queda de Jerusalém.
O primeiro e o segundo livro dos Reis contam a história do crescimento e depois do declínio do reino que acabou.
No primeiro livro dos Reis vemos desmoronar-se o Reino de Israel, orgulhoso e arrogante.
E, no segundo livro dos Reis vemos Israel pecando ainda mais, e sendo levado em cativeiro.
Os livros dos Reis começam com o rei Davi e terminam com o rei da Babilônia.
Os livros dos Reis começam com a construção do Templo e terminam com a destruição do Templo.
Os livros dos Reis começam com o primeiro sucessor de Davi ao trono, Salomão, e terminam com o último sucessor, Joaquim, libertado do cativeiro pelo rei da Babilônia.
A vida destes reis e a história destes livros provam que:
1. Deus não faz acepção de pessoas;
2. Quando colocamos tudo no altar, DEUS nunca nos deixa esperando pelo fogo;
3. O cativeiro foi devido à desobediência a DEUS.
Embora este tenha sido o grande período profético de Israel, as mensagens não foram ouvidas.
As reformas que se realizaram sob reis como Ezequias e Josias foram superficiais, pois, o povo logo voltou a seus pecados e continuou neles até que mais nenhum remédio houve, II Crônicas 36:15-16.
O autor provável dos livros dos Reis é Jeremias, conforme a tradição judaica.
Mas o último capítulo do segundo livro dos Reis deve ter sido escrito por alguém que viveu na Babilônia e não no Egito, onde Jeremias passou seus últimos dias.
Os livros dos Reis abrangem um período de mais ou menos 426 anos.
O primeiro livro dos Reis: Vai desde a morte de Davi até o reinado de Acazias sobre Israel, e Josafá sobre Judá, 118 anos, período de 1015 até 897 a.C.
O segundo livro dos Reis: Vai desde o reinado de Acazias sobre Israel e Jorão sobre Judá até o reinado de Joaquim sobre Judá, 308 anos, período de 896 até 588 a.C.
O primeiro e o segundo livro dos Reis podem ser divididos assim:
1. O Reino Unido, (I Reis 1:1 - I Reis 11:43);
2. O Reino Dividido, (I Reis 12:1 - II Reis 17:2);
3. O Cativeiro de Israel, (II Reis 17:3-41);
4. Judá, o Reino Sobrevivente, (II Reis 18:1 - 24:19);
5. O Cativeiro de Judá, (II Reis 24:20 - 25;30).
O devocional de hoje nos situa na relação entre dois reis: Merodaque-Baladã, rei da Babilônia e Ezequias, rei de Judá, que a Bíblia o apresenta como um rei excelente, que fora curado de uma enfermidade mortal (úlcera) milagrosamente pelo SENHOR, conforme II Reis 20:1-7.
Merodaque-Baladã, fora rei da Babilônia a partir de 721 a.C, até ser forçado pelo rei Assírio, Sargão II, a descer à condição de vassalo (710 a.C). Pouco depois da morte de Sargão (705 a.C), Merodaque-Baladã conseguiu uma liberdade para seu povo por pouco tempo, em 704 a.C., até Senaqueribe forçá-lo a abdicar, em 703 a.C.
A Assíria era o império mundial dominante desse período, e é provável que Merodaque-Baladã, procurando encorajar Ezequias a tornar-se independente da Assíria, enviou cartas e um presente a Ezequias, porque soube que estivera doente.
Quando a carta e o presente de Merodaque-Baladã chegou até Ezequias, a Bíblia registra que Ezequias se agradou dos mensageiros e lhes mostrou toda a casa do seu tesouro, conforme o texto de hoje.
Com esta exibição Ezequias estava tentando impressionar os seus visitantes babilônicos com as riquezas e o poder de sua nação. Ezequias mostrou-se simpático diante da idéia de tornar-se aliado do Egito e da Babilônia. Mas, o Profeta Isaías, opôs-se a essa tentativa de Judá estabelecer um tratado com a Babilônia e com o Egito, repreendendo a ingenuidade de Ezequias, pois, os mesmos tesouros que poderiam ter induzido um tratado também poderiam ter encorajado uma invasão contra Judá. E, isto aconteceu em 598 a.C, quando Nabucodonosor invadiu Judá.
Por que Merodaque-Baladã enviou cartas e presentes para o rei Ezequias?
O que o rei Ezequias fez com os mensageiros do Merodaque-Baladã?
O que o rei Ezequias devia fazer com estes mensageiros?
CONTEXTUALIZAÇÃO...
Esta história real nos ensina as seguintes lições:
Primeira lição - Não podemos, não devemos ter relacionamento de intimidade, de amizade, de cumplicidade, de sociedade com pessoas que DEUS não aprova.
Segunda lição – O nosso testemunho para as pessoas que DEUS não aprova precisa se basear no que DEUS nos transformou!
Terceira lição - Um testemunho de vitória, de poder exibindo as bênçãos materiais que recebemos do SENHOR, para impressionar, convencer pessoas sobre nós, pode nos trazer vulnerabilidade, nos fragilizar, conforme o caso de Ezequias.
Quarta lição - Um testemunho de vitória, de poder exibindo as bênçãos espirituais que recebemos do SENHOR, não para impressionar, não para convencer ninguém, mas para glorificar o SENHOR, pode intimidar nossos ouvintes, e até quem sabe colocá-los para correr.
Finalmente - Que o nosso testemunho possa preparar um futuro abençoado para a próxima geração!
OREMOS: QUERIDO DEUS e PAI, ajuda-nos para que não cometamos os mesmo erros do rei Ezequias, em nome do SENHOR JESUS. Amém!
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